Para cobir prejuizos, Adolfo Beck irá plantar palmeira real
Os rizicultores do Norte catarinense estão perdendo o sono em 2011. O preço da saca de arroz nunca este tão baixo nos últimos quatro anos, calcula o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de SC (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o valor da saca teve queda de 33,8% em comparação com o mesmo período de 2010. Chegou a R$ 19 e, por enquanto, não há aumento previsto.
Para os consumidores, está bom. Os preços do cereal nos supermercados caíram 11,05% nos últimos doze meses, segundo o IBGE. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que neste ano sejam consumidos 12,8 milhões de toneladas no País, 2,4% a mais do que no ano anterior. É a primeira expansão no consumo desde 2006.
Mas a notícia desanima o campo e, em fevereiro, os rizicultores manifestaram sua insatisfação: fecharam a rodovia SC-413, em Massaranduba. O grupo protestou contra o baixo preço da saca, a falta de incentivos do governo federal e a concorrência desleal com países do Mercosul – que possuem livre acordo para comércio.
Na cidade que mais produz arroz no Norte do Estado, Massaranduba, cerca de 800 agricultores se dedicam ao cereal. Neste ano, a categoria já perdeu parte das lavouras com as fortes chuvas do início do ano.
Estima-se que 20% dos 6,5 mil hectares de área plantada foram destruídos pela enxurrada de janeiro, fevereiro e março. Não bastasse o prejuízo, o valor também não ajuda em nada. O preço da saca de 50 quilos chegou a R$ 19,05 em maio. Para se ter uma ideia, no mesmo período de 2010 e 2009, a saca custava em torno de R$ 28. Em 2008, o preço estava ainda melhor: R$ 33,05.
Segundo o agricultor e presidente da Associação dos Rizicultores do Norte de SC, Orlando Giovanella, para pagar o preço da produção, a saca deveria custar ao menos R$ 25,80. O lucro viria com R$ 30. Para piorar, muitos agricultores estão endividados. Conforme Giovanella, cerca de 90% dos produtores da região precisaram recorrer a financiamentos.
A alternativa encontrada por Adolfo Beck, agricultor em Massaranduba, foi buscar outra fonte de renda sem sair do campo. Encomendou mudas de palmeira-real para tentar cobrir o atual prejuízo com a rizicultura. Ele produz em dez hectares apenas duas mil sacas por ano, mas afirma que também sofre com o preço. “Ninguém mais consegue se sustentar com o arroz. Desde os grandes agricultores até os pequenos”, conta Beck. (AN)
De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, o valor da saca teve queda de 33,8% em comparação com o mesmo período de 2010. Chegou a R$ 19 e, por enquanto, não há aumento previsto.
Para os consumidores, está bom. Os preços do cereal nos supermercados caíram 11,05% nos últimos doze meses, segundo o IBGE. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que neste ano sejam consumidos 12,8 milhões de toneladas no País, 2,4% a mais do que no ano anterior. É a primeira expansão no consumo desde 2006.
Mas a notícia desanima o campo e, em fevereiro, os rizicultores manifestaram sua insatisfação: fecharam a rodovia SC-413, em Massaranduba. O grupo protestou contra o baixo preço da saca, a falta de incentivos do governo federal e a concorrência desleal com países do Mercosul – que possuem livre acordo para comércio.
Na cidade que mais produz arroz no Norte do Estado, Massaranduba, cerca de 800 agricultores se dedicam ao cereal. Neste ano, a categoria já perdeu parte das lavouras com as fortes chuvas do início do ano.
Estima-se que 20% dos 6,5 mil hectares de área plantada foram destruídos pela enxurrada de janeiro, fevereiro e março. Não bastasse o prejuízo, o valor também não ajuda em nada. O preço da saca de 50 quilos chegou a R$ 19,05 em maio. Para se ter uma ideia, no mesmo período de 2010 e 2009, a saca custava em torno de R$ 28. Em 2008, o preço estava ainda melhor: R$ 33,05.
Segundo o agricultor e presidente da Associação dos Rizicultores do Norte de SC, Orlando Giovanella, para pagar o preço da produção, a saca deveria custar ao menos R$ 25,80. O lucro viria com R$ 30. Para piorar, muitos agricultores estão endividados. Conforme Giovanella, cerca de 90% dos produtores da região precisaram recorrer a financiamentos.
A alternativa encontrada por Adolfo Beck, agricultor em Massaranduba, foi buscar outra fonte de renda sem sair do campo. Encomendou mudas de palmeira-real para tentar cobrir o atual prejuízo com a rizicultura. Ele produz em dez hectares apenas duas mil sacas por ano, mas afirma que também sofre com o preço. “Ninguém mais consegue se sustentar com o arroz. Desde os grandes agricultores até os pequenos”, conta Beck. (AN)
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