segunda-feira, 9 de maio de 2011

Greve dos professores da rede municipal










Mais de dois mil servidores públicos municipais protestaram na manhã desta terça-feira em frente da Prefeitura, segundo cálculos da Polícia Militar. Com faixas, palavras de ordem e o uso de camisetas com a estampa “Se a situação é grave, a solução é greve”, o manifesto pressionou a Prefeitura para que conceda reajuste salarial este ano, e não apenas em 2012.

O chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, recebeu uma comissão formada pelo Sinsej e pela CUT para tentar um acordo. Para abrir uma nova rodada de negociações, o Sinsej protocolou um ofício reafirmando a pauta de reivindicações definidas há mais de dois meses.

O presidente do Sinsej, Ulrich Beathalter, destacou que o principal ponto da discussão é o reajuste salarial de 6,5% com base no  INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e mais 5% de ganho real, neste ano. “Não abrirmos mão disso. Se a Prefeitura quer tudo formal, então que seja. Já está protocolado para evitar que o sindicato seja acusado de relapso”, frisou.

Dalbosco disse que estudará a possibilidade de conversar com o sindicato sobre o reajuste, após ler o documento protocolado, mas não ofereceu prazo. Ele criticou o sindicato por não ter apresentado uma contraproposta no dia da assembleia, optando pela greve. “A Prefeitura sempre esteve aberta ao diálogo, mas vocês (sindicato) partiram para a greve sem tentar negociar. Isto é inaceitável, porque poderíamos evitar a paralisação”, argumentou,  no encontro com a comissão.

A primeira greve dos servidores  não completou um ano (foi de 23 a 27 de agosto de 2010), quando o sindicato conseguiu benefícios como o vale-alimentação no valor de R$ 150 e o reajuste salarial em parcelas.
 
Projetos para a Câmara

O chefe de gabinete, Eduardo Dalbosco, garantiu que nesta terça-feira serão enviados à Câmara dois projetos sobre o reajuste salarial. O primeiro trata do índice de 32% aos agentes comunitários de saúde, cujos salários passarão de R$ 675,94 para R$ 858,26. Mais de 600 agentes comunitários serão beneficiados. O segundo projeto trata do abono de R$ 200 para o magistério. A intenção é que os dois projetos sejam aprovados o mais breve possível.

Sindicato vai à Câmara nesta terça-feira

Para que não entrem na pauta da Comissão de Justiça o projeto sobre o vale-alimentação até que seja alterado pela Prefeitura e também qualquer proposta de reajuste sem um acordo geral, o Sinsej estará nesta terça-feira, às 15h, na Câmara de Vereadores. Ulrich explica que a troca da cesta básica pelo vale-alimentação só será aceita se for definido o desconto pelo cartão eletrônico e não pela folha de pagamento. Sobre o reajuste do magistério e dos agentes comunitários, o sindicato está avaliando se apoia ou espera uma proposta única da Prefeitura. (ND)